quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chapéu panamá


Apelidado no Equador, seu país de origem, como El Fino, o panamá continua nas cabeças de quem entende de elegância e estilo


Em 1526, os espanhóis Cabello de Balboa e Fray Bartolomé Ruiz encontraram tribos no atual Equador que utilizavam uma palha muito bonita em seus cocares. Para que a Espanha pudesse conhecê-la, eles pediram que as artesãs da tribo tecessem a toquilla, como era popularmente conhecida a palha da planta Carludovica palmata.

O chapéu ganhou nome e popularidade quando, em 1906, o presidente norte-americano Theodore Roosevelt viajou ao canal do Panamá e foi fotografado usando um exemplar. Dali em diante, muitas personalidades adotaram o modelo, como Winston Churchill, Robert Redford, Getúlio Vargas e Tom Jobim.

Existem diversos tipos de chapéu panamá que são classificados de acordo com seu trançado e sua qualidade. As versões Montecristi e Jipijapa estão entre os melhores. O que define um bom panamá é que ele é feito artesanalmente de forma que o ar passe entre as tramas da palha. Além disso, ele é leve e maleável, mas não se rompe com o tempo.

Para conseguir essas qualidades, o processo é lento. Família inteiras são mobilizadas na produção de um panamá, que demora cerca de quatro meses para ficar pronto. As folhas verdes da Carludovica palmata ou da macora (palha de qualidade inferior) são desfiadas e imersas em água fervente com pó de enxofre, o que garante sua cor marfim. Em seguida, são colocadas no sol por 20 minutos, mas esse processo deve ser feito logo de manhã ou no final da tarde, pois o sol a pino pode queimar a toquilla. Em seguida, com a trama já seca, recebe uma sova para suavizar e deixar a palha esticada. A parte final, mais trabalhosa, é direito exclusivo das mulheres. São elas que tecem a copa em espiral de forma a entrelaçar as fibras até formarem o diâmetro exato do chapéu. Para confeccionar as abas, as artesãs colocam essa primeira parte já tramada do chapéu em uma fôrma cilíndrica de madeira. Para dar forma, utiliza-se a técnica mais antiga, criada no século 16, que é o molde a fogo, feito com ferro em brasa. Para finalizar, aparam-se os fios rebeldes com tesoura e o acabamento é dado com uma fita por dentro e por fora do chapéu.

Como usar

Com a copa menor e arredondada, o chapéu fica super feminino. As fitas coloridas garantem um ar divertido para o verão.

Cantão
A copa quadrada e alta cria um visual masculino, ideal para ser combinado com blazer e calças de alfaiataria.
A aba trabalhada é um diferencial para a estação.

Maria Bonita Extra
O galã Brad Pitt se rendeu ao panamá e compôs um estilo mais sóbrio, com a fita no mesmo tom do chapéu.

Saia rodada e blusa de malha


Produção charmosa para comemorar o aniversário da amiga ou curtir a noite: saia rodada e blusa de malha com bordados. As botas de cano curto reforçam a pegada fashion











terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Jeans curtinhos


Os shorts da vez são abusados e trazem efeitos desgastados, barras ou detalhes desfiados e forros dos bolsos aparentes

Como usar

No dia a dia, combine com regatas soltinhas, camisetas divertidas ou blazers de alfaiataria. Para suavizar os quadris largos, prefira os jeans com lavagens escuras.


1. HERING (R$ 89,90)
2. RIACHUELO (R$ 55,90)
3. GATA BAKANA (R$ 175)
4. LINDA DE MORRER (R$ 284)
5. ZEIT (R$ 119)
6. C&A (R$ 59,90)

* PREÇOS PESQUISADOS EM NOVEMBRO 2010

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Como usar a estampa de oncinha em quatro tópicos



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Ela sempre esteve por aí, ora como exemplo máximo de cafonice ora como sinônimo de "riqueza". A estampa de onça é aquele tipo de padronagem que trafega no limite entre o bom e o mau gosto – pense em Dolce & Gabbana e Versace, visualizou o exagero? Agora pense na editora de moda da L’Uomo Vogue Giovanna Battaglia, não é a imagem da elegância? Pois é disso que estamos falando...

De uns tempos pra cá, a oncinha se firmou como estampa pop e está em tantos tipos de produtos que, se você é fã, precisa tomar alguns cuidados para não se exceder de tanta paixão.

Fique sabendo: completar o look com acessórios dourados vai deixar o visual "perua"; misturar estampas (listras + onça, por exemplo) é permitido, mas lembre que é preciso fazer um mix harmônico - procure usar sempre tons próximos uns dos outros (onça cinza com listrados em branco e preto pode funcionar bem); madrinhas e convidados de festas de casamentos devem deixar o look animal printpara um evento menos convencional - a onça chama atenção demais e o dia é da noiva, ok?

Abaixo, quatro tópicos para anotar e seguir – todos comentados por Gloria Kalil que, fique sabendo, diz sem pudor: “amo uma onça”.

. Roupas: há um sem número de peças com a estampa, que pode variar no tamanho e nas cores. Aqui, vale a mesma regra do que outras padronagens: quanto maior, mais “engordam” quem veste. Gloria aponta como as melhores opções usar em: “cardigans, meias-calças, quimono”.

. Acessórios: usar oncinha em detalhes é uma ótima maneira de adotar a estampa sem correr o risco de exagerar. Na lista da Gloria estão “sapatos, écharpes, cintos, bolsinhas de maquiagem e bolsas em geral”.

. Decoração: é um toque divertido no décor de casa. “Tenho cadeiras forradas com veludo e almofadas”, diz Gloria, que também gosta da estampa em jogos-americanos.

. Evite: looks totais. “A onça é um tempero ótimo para qualquer situação; a única coisa que não pode fazer com elas é levar a sério”.

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DICAS DE MODA: COMO USAR

Paetê-casual e paetê-salto-alto: como (e onde) usar os dois tipos do brilho no verão 2011




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Qual o brilho do verão 2011? Basta uma rápida olhada nas lojas - de departamento a Daslu - para ver paetês e mais paetês em vestidos de festa, shortinhos, blazers, sapatos, bolsas e até em camisetas podrinhas.

“O paetê deixou de ser um material para a noite e está liberado para todo tipo de uso”, diz Gloria Kalil. Porém, cuidado: há paetês que ficam ótimos de dia e outros que só circulam à noite, quer ver?

Sob o sol, prefira peças com o paetê-casual, geralmente feitos à máquina e que se dá bem com as camisetas, os algodões e os jeans. Para um passeio no shopping, um almoço com os amigos e até mesmo para ir ao trabalho, dá para usá-lo perfeitamente. “Não tem muita restrição. Claro que você não vai trabalhar com um vestido inteiro de paetês, mas se usá-los apenas em um detalhe – do paletó, na camisa -, ok!”, ensina Gloria. Um colete ou um blazer de paetês deixa o look t-shirt + calça jeans bem mais charmoso!

Já para as festas e eventos noturnos, o paetê-salto-alto ou “perua” é aposta certa. Dourados, pratas, preto, bronze e muito brilhantes (podem aparecer na versão fosca também), são borbados à mão e se fazem acompanhar de tecidos "finos" como as sedas e as musselines. Usar um vestido coberto por eles garante muitos olhares em sua direção!

Veja na galeria ao lado as duas versões do material que apareceram nos desfiles nacionais de verão 2011 e aproveite para se inspirar nas produções de fashionistas mundo afora com o brilho hype que parece não sair de moda nunca!

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Os 9 filmes de moda mais importantes da década


Moda e cinema sempre andaram juntas. Enquanto a primeira é o espelho dos grandes movimentos da humanidade, assim como das revoluções científicas, sociais, culturais e tecnológicas, o segundo é a grande vitrine dessas transformações. Discutindo o mercado, lançando moda, contando a história de grandes personalidades do meio, ganhando um Oscar de Melhor Figurino ou simplesmente tendo esse universo como pano de fundo, os filmes sempre encantaram multidões. Por meio deles, pessoas puderam se sentir mais próximas de um mundo aparentemente distante, restrito a modelos, celebridades, editoras de moda diabólicas e fotógrafos. Ao usar um vestido Vivienne Westwood, você não é apenas uma diva do cinema. Você é Carrie Bradshaw usando um Vivienne Westwood prestes a ser casar com o Mister Big da sua vida. É essa magia que as telonas trazem para as nossas vidas. Por isso, nessa retrospectiva da década do iG Moda, não poderíamos deixar o cinema de lado. Veja a nossa seleção dos dez filmes mais importantes da década, prepare a pipoca e embarque nessa viagem, sem sair do sofá.

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Lançamento: 2001
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Com cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Direção de Arte, é um dos preferidos dos fashionistas. Apesar de não tratar diretamente do universo da moda, encanta com a combinação de cores entre figurinos e cenários. Foi o longa que catapultou Audrey Tautou à fama e lhe garantiu contratos em campanhas de moda, além do direito de interpretar Chanel nas telonas. Conta a história de uma jovem que se muda para Paris e, após devolver um objeto ao seu antigo dono, resolve ajudar as pessoas que a cercam com pequenos gestos. Diversos estilistas e designers se inspiraram na obra para criar coleções e acessórios.

Zoolander
Lançamento: 2001
Direção: Ben Stiller
Personagem criado por Ben Stiller para o VH1/Vogue Fashion Awards de 1996, Zoolander é o típico modelo burro. Neste filme, que satiriza a moda e os modelos masculinos, ele está em crise, pois perdeu o posto de número 1 no mundo. Deprimido, busca ajuda de Jacobim Mugatu, seu papa da moda, que tem outros planos: uma lavagem cerebral a fim de transformá-lo em um assassino frio e burro a seu dispor. O plano é matar o presidente da Malásia, pois, assim, Mugatu poderá explorar o trabalho infantil no país e diminuir os custos de sua confecção. O filme tem participações especiais de personalidades da moda, como Heidi Klum e Tommy Hilfiger.

Maria Antonieta
Lançamento: 2006
Direção: Sofia Coppola
Vencedor do Oscar de Melhor Figurino em 2007, foi muito aguardado pelos fashionistas. Na época, Anna Wintour disse que o longa era uma realização única da diretora Sofia Coppola e da atriz Kirsten Dunst. Em setembro daquele ano, a revista publicou matérias sobre a rainha da França, conhecida pela paixão por roupas e pela contribuição para a história da moda. Um editorial de Annie Leibovitz também estampou as páginas da publicação. Nele, grandes estilistas vestiram de maneira onírica e espetacular Kirsten, com o Palácio de Versalhes como cenário. Foi lá que Maria Antonieta deixou três aposentos enormes lotados de vestidos após morrer na guilhotina.

Zuzu Angel
Lançamento: 2006
Direção: Sérgio Rezende
Retrata o período em que a mineira Zuzu Angel, interpretada por Patrícia Pillar, desponta no mundo da moda e vê as portas do mercado internacional se abrirem. Fazendo desfiles nos Estados Unidos, a estilista abordava a alegria e a riqueza das cores da cultura brasileira, enquanto seu filho Stuart, militante político, estava desaparecido nos porões da ditadura. Stuart fora torturado e assassinado. Zuzu passa então a denunciar o caso até que morre em um “acidente” em 1976. Suas manifestações ecoaram no Brasil, no exterior e em sua moda. Em 2001, Ronaldo Fraga trouxe de volta a história da estilista com a coleção Quem matou Zuzu Angel?.

O Diabo Veste Prada
Lançamento: 2006
Direção: David Frankel
A versão cinematográfica para o best-seller em que Lauren Weisberger conta o inferno vivido quando foi assistente da poderosíssima editora da Vogue America, Anna Wintour, recebeu duas indicações ao Oscar. Além da nomeação para a brilhante atuação de Meryl Streep no papel da diaba, o longa quase venceu a premiação na categoria Melhor Figurino, pelo excelente trabalho assinado por Patricia Field. O filme traz um olhar extremamente reverente em relação ao mundo da moda, focando com certo exagero no absurdo que pessoas se submetem em nome do glamour, de roupas caras ou de um emprego “que um milhão de garotas matariam para ter”.

Sex and the City
Lançamento: 2008
Direção: Michael Patrick King
Para quem até então nunca havia ouvido falar da série, a obra não passava de mais um “água com açúcar”. Mas para os fãs, que iam ao delírio a cada par de novos Manolo Blahnik de Carrie, interpretada por Sarah Jessica Parker, era mais que aguardada. Assinado por Patricia Field, o figurino fez com que cada roupa desfilada por uma das quatro solteironas de Nova York se transformasse em imediato sucesso de vendas. A moda ganha homenagens explícitas no longa, como no editorial de noivas em que Carrie é fotografada para a Vogue America. Dior, Oscar de la Renta e Carolina Herrera são alguns nomes citados por ela enquanto posa para a revista.

Coco Antes de Chanel
Lançamento: 2009
Direção: Anne Fontaine
Indicado ao Oscar 2010 na categoria Melhor Figurino, é um recorte da vida da mais célebre estilista do século XX. Na época do lançamento, criticou-se o fato de que episódios polêmicos da vida de Chanel (interpretada por Audrey Tautou) tenham ficado de fora: seu suposto envolvimento com o governo nazista, na Segunda Guerra, e o processo de construção da marca e da maison Chanel. Mesmo assim, trata-se de uma belíssima obra, que conta a história de uma mulher que era órfã e, ao longo de uma jornada extraordinária, se torna a lendária estilista de alta-costura que personificou a mulher moderna e se tornou símbolo atemporal de sucesso, liberdade e estilo.

Coco Chanel & Igor Stravinsky
Lançamento: 2009
Direção: Jan Kounen
Mais um recorte da vida da lendária estilista, este filme foca no romance vivido entre ela e o compositor russo nos anos 1920. A escolha da atriz para a personagem principal não poderia ser melhor: Anna Mouglalis é francesa, umas das musas de Karl Lagerfeld e circula por aí sempre com vestidos Chanel, grife da qual é embaixadora desde 2002. O filme é uma adaptação do livro homônimo, escrito pela inglesa Chris Greenhalgh, e lançado em português recentemente. Todo o figurino de Anna é assinado pela Chanel e foi feito especialmente para o longa, em um processo de criação que envolveu Lagerfeld, no comando da grife desde 1983.

The September Issue
Lançamento: 2009
Direção: R. J. Cutler
Considerada a versão “vida real” de O Diabo Veste Prada, o documentário nos leva para a redação da Vogue America e revela os bastidores da edição de setembro, a mais importante do ano para a revista. O diretor teve acesso às reuniões de portas fechadas, aos bastidores das principais semanas de moda e acompanhou de perto o trabalho de Anna Wintour e sua equipe. Apesar da fama de gênio difícil, a editora, há mais de 20 anos à frente da publicação, deu total apoio à produção do filme, que venceu o festival de Sundance em Fotografia. A edição em questão, de 2007, foi anunciada, na época, como a maior de todas, com três quilos e cerca de 800 páginas.